Já se foi o tempo em que a escalada solo era motivo de discussão ou polêmica. Hoje a comunidade entende que o solo é algo extremamente pessoal, e que cada um o faz por motivos próprios.
Pessoalmente acredito que o SOLO seja o nirvana do auto-controle, da superação da mente sobre o corpo, e que não cabe a mim julgar se é correto ou não fazê-lo, mas sim admirar os “corajosos”.
Vou neste post apenas citar alguns solos famosos na história da escalada:
Wolfgang Gullich (1960 – 1992) – Solou em 23 de novembro de 1986 a via Separate Reality (5.12a) em Yosemite Valley. A primeira repetição em solo desta via só aconteceu 19 anos mais tarde. Gullich morreu em 1992 num acidente de carro nos Estados unidos.
Dan Osman (1962 – 1998) – Solou a via Atlantis (5.11+) no Needles, CA. Dan morreu em 1998 depois de uma queda praticando a atividade que ficou batizada como Rope Swing ou Rope jumping , uma espécie de Bungee Jump realizado com corda de escalada, onde a mesma se rompeu em um dos saltos.
Alex Honold (1985) – De fama recente este é sem dúvida alguma um dos maiores solistas que o mundo já viu, quebrando todos os paradigmas de grau e extensão de vias solo. Um de seus solos mais famosos foi realizado na normal da face noroeste da Half Done em Yosemite em 2008. A via é um 5.9 com lance de A1 (artificial), porém um 5.12a se escalada em livre.
John Bachar (1957 – 2009) – Um dos grandes pioneiros da escalada solo John Bachar criou novos padrões para o solo e revolucionou toda uma geração de escaladores. Foi o criador da famosa “Escada de Bachar” instrumento de treino para atletas de escalada até os dia de hoje. Bachar morreu em 2009 durante um solo nas proximidades do Mammoth Lake na Califórnia. Não se sabe ao certo o motivo da queda. Nesta foto ele escala a via Outer Limits (5.10c).
Peter Croft (1958) – Nascido no Canadá mas muito influente na escalada de Yosemite Peter escalada a via The Rostrum (5.11c) em Yosemite.